
E no desespero
No desespero de viver
Tentou voar uma vez mais;
De asas partidas
-já ninguém acredita -
Tentou voar a derradeira vez
De olhos no horizonte,
Conseguiu,
No eterno mar da saudade
Nesse mar se afundou.
No seu último suspiro,
No seu último pestanejar,
Apenas pediu
“Não te esqueças
Não deixes que te façam esquecer”
E as suas asas não mais bateram.
Imóveis,
Imóveis estarão
Imóveis ficaram,
Até que ela,
Que ela no seu último suspiro,
No primeiro final momento,
Olhe
Olhos nos olhos
E diga,
“Finalmente”.
Ai, desprovida de grilhões terrenos,
Depois do sangue dela
Na veia que o alimenta parar
Ela sorrirá,
Ele finalmente voará.
Nesse momento apenas tinta,
Tinta e memória,
Memória e esperança
Deixará de ser
Sonho nunca mais.
Será livre
Voará,
Perto dela.
O Anjo dela.
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